Quais síndromes (conjunto de sintomas) estão associadas ao Zica Vírus?
Alguns estados do Nordeste que tiveram a ocorrência do vírus
da Zica têm observado um aumento incomum dos casos da
síndrome de Guillain-Barré, como Pernambuco, Bahia, Piauí,
Sergipe, Rio Grande do Norte e Maranhão.
Trata-se de uma doença rara que afeta o sistema nervoso e
que pode provocar fraqueza muscular e paralisia de braços,
pernas, face e musculatura respiratória. Em 85% dos casos,
há recuperação total da força muscular e sensibilidade. Ela
pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum
entre adultos mais velhos.
No Brasil, a ocorrência de síndromes neurológicas relacionadas ao vírus Zica foi confirmada após investigações da Universidade Federal de Pernambuco, a partir da identificação do vírus em amostra de seis pacientes com sintomas neurológicos com histórico de doença exantemática. Deste total, quatro foram confirmadas com doença de Guillain-barré.
Na síndrome de Guillain-Barré, o sistema imunológico de uma
pessoa, que é responsável pela defesa do corpo contra
organismos invasores, começa a atacar os próprios nervos,
danificando-os gravemente.
O dano nervoso provocado pela doença provoca formigamento,
fraqueza muscular e até mesmo paralisia. A síndrome de
Guillain-Barré costuma afetar mais frequentemente o
revestimento do nervo (chamado de bainha de mielina). Essa
lesão é chamada de desmielinização e faz com que os sinais
nervosos se propaguem mais lentamente. O dano a outras
partes do nervo pode fazer com que este deixe de funcionar
completamente.
Esta síndrome pode afetar todos os grupos etários. Pessoas inseridas dentro de determinados grupos podem estar sob maior risco do que outras, especialmente pessoas do sexo masculino e adultos mais velhos. Além disso, a síndrome pode ser desencadeada por:
Mais comumente, por uma infecção com a Campylobacter, um tipo de bactéria frequentemente encontrada em aves mal cozidas
Vírus Influenza
Vírus de Epstein-Barr
HIV, o vírus da Aids
Pneumonia
Cirurgia
Linfoma de Hodgkin
Raramente, vacinas da gripe ou a vacinação infantil.
Em caso de suspeita de Guillain-Barré deve-se ir rapidamente
para o hospital ou ao neurologista.
O diagnostico pode ser feito com base nos sintomas
apresentados pelo paciente e é confirmado através de exames
como ressonância magnética da coluna, punção lombar; exame
de sangue para avaliar os leucócitos e eletromiografia.
Todos os pacientes diagnosticados com Síndrome de
Guillain-Barré devem permanecer internados no hospital para
serem devidamente acompanhados e tratados, porque quando
esta doença não é tratada, pode levar à morte.
Um tratamento usado no hospital é a plasmaferese, um método
que consiste numa espécie de hemodiálise, em que o sangue é
removido do corpo e filtrado, de forma a reter os anticorpos
que estão a atacar o sistema nervoso.
Uma outra alternativa consiste na injeção de altas doses de
anticorpos (imunoglobulina) contra os anticorpos que estão
atacando os nervos, reduzindo a sua inflamação e destruição
da bainha de mielina.
Quando estão presentes complicações graves, como dificuldade
em respirar, problemas de coração ou gastrointestinais, pode
ser necessário que o paciente fique internado na UTI para
que seja monitorada sua respiração e coração.
A fisioterapia é importante para a recuperação das funções
musculares e respiratórias do paciente e deve ser mantida
por longos períodos até que o paciente recupere o máximo de
suas capacidades.
A Síndrome de Guillain-Barré progride em duas a quatro
semanas e a maioria dos pacientes recebe alta hospitalar
após quatro semanas, mas o tempo total de recuperação pode
demorar meses ou anos. A maioria dos pacientes se recupera e
volta a andar após seis meses a um ano de tratamento, mas
existem alguns que tem maior dificuldade e que precisam de
cerca de três anos para se recuperar.
Somente o Médico poderá avaliar corretamente o Zica Vírus em seu organismo.
Agende sua consulta: (31) 3773-3299
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